quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A AERONAVE





Cindindo a vastidão do Azul profundo,
Sulcando o espaço, devassando a terra,
A aeronave que um mistério encerra
Vai pelo espaço acompanhando o mundo. 

E na esteira sem fim da azúlea esfera
Ei-la embalada n’amplidão dos ares,
Fitando o abismo sepulcral dos mares,
Vencendo o azul que ante si s’erguera. 
Voa, se eleva em busca do infinito,
É como um despertar de estranho mito,
Auroreando a humana consciência. 
Cheia da luz do cintilar de um astro, 
Deixa ver na fulgência do seu rastro
A trajetória augusta da Ciência.
 

SARAU © 2015 - 2016